De acordo com uma pesquisa realizada pelo Centro de Estudos de Private Equity da Fundação Getúlio Vargas (GVcepe), estima-se que o Brasil tenha mais de 40 aceleradoras de startups em atividade das mais de 250 que estão espalhadas pelo mundo. Concentradas principalmente na região Sudeste (71%), esses programas já aportaram mais de R$ 51 milhões em mais de 1,3 mil startups.
Os números são significativos e mostram o potencial que nosso país tem quando o assunto é o desenvolvimento das startups. Para se ter uma ideia, o maior foco de mercado está no segmento da tecnologia da informação (83%), seguido da educação (77%) e serviços (67%). A pesquisa ainda ressalta que aproximadamente 865 das startups passaram por um processo de aceleração.
Tanto no Brasil como no exterior, o papel das aceleradoras está ligado diretamente com o impulsionamento e crescimento das startups, com o objetivo sempre de fomentar a inovação e solucionar problemas reais, além de gerar oportunidades. Não há dúvidas de que essas organizações são essenciais para o ecossistema.
De olho no mercado, algumas aceleradoras têm se destacado e feito um trabalho exemplar, como é o caso do InovAtiva Brasil, programa gratuito para aceleração de negócios inovadores de qualquer setor e região do Brasil, realizado pelo Ministério da Economia e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com execução da Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (CERTI).
Eles oferecem mentorias, visibilidade às startups e conexão com investidores, grandes empresas e parceiros. Entre 2013 e 2018, por exemplo, mais de 2000 startups de todas as regiões do país participaram do programa e 840 delas chegaram à fase de apresentar suas startups em bancas presenciais com investidores.
Com objetivo de conectar grandes empresas do Brasil com o ecossistema e a nova economia por meio de negócios inovadores e exponenciais, a Spin, primeira aceleradora startup indústria do Brasil é um outro exemplo que vem ganhando o mercado. Com pouco mais de um ano de operação, já tem em seu portfólio 36 startups, sendo que aproximadamente 2/3 são focadas em indústrias.
Por fim, acredito que temos um caminho muito próspero no que diz respeito a aceleração e impulsionamento das startups no país. Muitos empreendedores têm boas ideias e os programas de aceleração estão aí para ajudar a direcionar as inovações do futuro. Vale ficarmos de olho!
*Por Juliana Gusmão
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