Setembro Amarelo: Como o trabalho influencia na saúde mental das pessoas

O mês de setembro é marcado pela campanha de prevenção ao suicídio que tem como objetivo conscientizar a população sobre os cuidados e tratamentos relacionados a saúde mental. Segundo  a Organização Mundial da Saúde (OMS) cerca de 1 milhão de pessoas cometem suicídio por ano em todo o mundo. Somente no Brasil, esse número pode chegar a 14 mil casos por ano.

De acordo com o relatório Guia Salarial 2022, desenvolvido pela Robert Half, consultoria de recursos humanos, 53% dos líderes entrevistados acreditam que seus colaboradores estão mais suscetíveis a crises de estresse, ansiedade e burnout. Já segundo dados do Ministério do Trabalho e Previdência, cerca de 108.263 trabalhadores receberam benefícios por incapacidade temporária com transtornos mentais e comportamentais concedidos nos primeiros sete meses de 2021. 

Diante deste cenário, é importante  que as empresas se atentem  com a  saúde física e mental dos colaboradores, atentando-se  aos fatores internos da corporação que podem potencializar o desenvolvimento de síndrome de burnout, depressão, ansiedade e as demais doenças ligadas ao ambiente de trabalho que podem trazer consequências irreversíveis. 

Alguns setores e atividades exigem constantemente um maior desempenho mental do colaborador, como as da área administrativa, necessitam de uma atenção muito maior. Isso porque, a existência de processos extremamente burocráticos e repetitivos podem ser um potencializador do aparecimento dessas doenças.

Em termos de atividade, quando processos de extrema importância, como a conferência de relatórios de prestação de contas, não funcionam da forma ideal, eles podem gerar um grande estresse e desgaste emocional a todos os envolvidos

Assim, quando não otimizado, essa atividade gera sobrecarga de trabalho para os responsáveis da área financeira pois, além de desempenhar suas principais obrigações, também assumem a função de auditar relatórios e comprovantes manualmente, exigindo horas de dedicação exclusiva. Já com relação aos funcionários que esperam o reembolso, a demora no processo gera estresse financeiro, ansiedade e incerteza de quando irão receber seu dinheiro de volta.

Para solucionar o problema, a corporação pode estabelecer uma comunicação honesta entre todas as pontas. Posteriormente, soluções como adoção de tecnologia e ferramentas capazes de otimizar esse processo também são aconselhadas. Mesmo a simples adoção de cartões corporativos para separar as despesas de trabalho e pessoais podem fazer a diferença. Isso  evita desentendimento, confusão, quebra de confiança e os trabalhadores ganham mais tranquilidade para lidar com dinheiro.

Portanto, para diminuir os riscos que os seus colaboradores sofram de depressão e da síndrome de burnout, é muito importante que os gestores e líderes fiquem atentos tanto aos sinais diários que muitas vezes são silenciados pela correria do dia a dia, como a baixa produtividade, desânimo diário e ausências recorrentes, quanto aos fatores internos da companhia que podem estar colaborando para a geração desse desgaste emocional. Ou seja, os processos internos que ocorrem de forma exageradamente burocrática e poderiam ser otimizados para melhorar a qualidade de vida no trabalho.  

Thiago Campaz

CEO e co-fundador do VExpenses. Trabalhou por 6 anos assessorando grandes empresas do agronegócio na otimização de suas estruturas de capital, em processos de estruturação de dívida, acesso a mercado de capitais e fusões. Participou da captação de mais de R$ 1bi em financiamentos.

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