Empreendedorismo Negro movimenta R$ 1,7 Trilhão por ano, mas não controla grandes mercados, diz fundadora do Mercado Black Money

Durante o 1º Congresso Internacional de ESG, promovido pelo Ibrawork, mulheres que estão à frente de projetos focados em sustentabilidade, governança e desenvolvimento social discutiram como a agenda deve agir em prol de pessoas em situação de vulnerabilidade

Nesta quarta-feira (14), o Primeiro Congresso Internacional de ESG reuniu na sede do Ibrawork, hub de inovação aberta, gestores públicos, empresas, fundadores de startups, membros da academia e sociedade civil para discutir os desafios da agenda ESG na atualidade. Destaque das atividades da manhã, o painel ‘Governança com foco em pessoas em situação de vulnerabilidade’ contou com a participação de Nina Silva, fundadora do Mercado Black Money, Célia Kano, Co-CEO na Rede Mulher Empreendedora, Bárbara Ladeia, Gestora do Programa Green Sampa e mediação de Tania Gomes, diretora de inovação do Ibrawork.

Durante o painel, Nina Silva contou um pouco sobre o Mercado Black Money, plataforma de marketplace com mais de 5 mil empreendimentos que permite a conexão entre empreendedores e consumidores negros, com a intenção de auxiliá-los a utilizar seu poder econômico e populacional em seu próprio benefício. “Ao longo de nossa jornada percebemos que há muitos brasileiros desejando combater o racismo através do apoio a negócios negros, mas não sabiam como encontrar esses afroempreendedores. Somos 54% da população, 51% dos proprietários de negócios e movimentamos R$1,7 trilhão no ano, mas não controlamos bancos ou grandes mercados”, relatou.

Outro serviço elaborado por Nina, que faz parte do Conselho do Grupo Meta, é o  D’BlackBank, fintech criada para conectar consumidores a empreendedores negros. Trata-se de um negócio social que visa a justiça econômica, atuando no fomento do empreendedorismo e da inovação para população afro-brasileira.

Célia Kano, outra convidada do painel, apresentou o Instituto Rede Mulher Empreendedora, fundado por Ana Fontes há 12 anos com a intenção de dar apoio e respaldo para projetos e iniciativas para as mais de 30 milhões de mulheres empreendedoras no Brasil. A rede oferece capacitação, mentorias e rodada de negócios, além de programas gratuitos através de parcerias com grandes empresas.

“Acreditamos que quando uma mulher é empoderada financeiramente, ela não muda só a realidade de sua família, mas também a da sociedade, pois quando elas têm negócios que dão certo, investem em suas comunidades, especialmente, para que haja um contínuo desenvolvimento, e tratam seus públicos de interesse como uma família estendida, pois acreditam no poder colaborativo para melhorar o mundo”, relatou Célia.

Bárbara Ladeia, jornalista que atuava na área de negócios e inovação, encerrou a discussão. Ladeia foi atraída pela agenda ESG após as tragédias de Mariana e Brumadinho. Hoje, gestora do Green Sampa, um programa idealizado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho e executado pela Agência São Paulo de Desenvolvimento, seu foco é colocar a economia verde como pauta na cidade de São Paulo, mapeando empresas e startups verdes e ideias inovadoras.

“Trata-se da primeira iniciativa pública que busca reunir atores estratégicos de tecnologias sustentáveis para a implementação de soluções inovadoras e apoiar startups com foco em ESG, através de acelerações de negócios. Hoje temos 30 startups aceleradas que podem resolver problemas ambientais de complexidades diferentes”, finalizou Bárbara.

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