Governança Corporativa e Compliance: como transformar despesas em estratégia de lucro? 

Alcançar o sucesso no mundo corporativo é o sonho de vários empreendedores espalhados pelo Brasil. Mas será que todos entendem quais são os requisitos para manter uma gestão que se destaque diante do mercado?

Não é segredo para nenhum executivo que um bom primeiro passo é estruturar planos de ação, promover regras e, claro, controles internos para garantir que tudo flua conforme o necessário.

Em outras palavras, trata-se de apostar em práticas de governança corporativa que estabeleçam normas para aprimorar a qualidade financeira de uma organização, suas metas e, consequentemente, impulsionar o crescimento. Porém, como isso é possível? Arriscando 100% em uma equipe altamente qualificada para o time de gestão e na sua respectiva interação com os pares.

Afinal, apenas desta forma, as empresas conseguem garantir que tudo ande conforme os valores morais, a missão e a visão que rege a rotina corporativa. Dentro do departamento financeiro, a solução para um dos grandes desafios dos CFOs e gestores financeiros na seniorização da equipe e transformação da estrutura da área financeira em uma área mais estratégica passa, invariavelmente, pela otimização de processos.

Alcançar a eficiência operacional já não é mais tão complicado, dado a quantidade de fintechs existentes atualmente que fornecem soluções inteligentes para tornar processos excessivamente manuais em processos eficientes, como é o caso da gestão e conferência de despesas de reembolsos e cartões corporativos, por exemplo. Além disso, a tecnologia financeira funciona também como uma forte viabilizadora da governança corporativa e insumo estratégico para a área, através da vasta oferta de dados compilados sobre as despesas e custos da empresa.

Após isso, é interessante construir, desde o começo, uma estrutura organizacional que ficará responsável por estimular os processos de transparência na empresa, otimizando recursos internos e, ainda, os tipos de políticas que governarão cada processo.

Lembrando que a ausência de governança corporativa (43,8%) e equipes despreparadas (36,7%) são alguns dos atuais entraves que mais dificultam a implementação de inovação nas empresas, segundo um levantamento da consultoria de inovação ACE Cortex. De acordo com o estudo, os C-levels e gerentes estão cada vez mais envolvidos com as temáticas de inovação no ambiente empresarial, ao passo que a governança corporativa tem conquistado espaço no planejamento das organizações.

Considerada um fio condutor para que a nova cultura de compromisso seja implementada no universo empresarial, a governança corporativa aliada ao compliance, minimiza as fraudes financeiras e facilita a vida do colaborador. Os reembolsos são os grandes “vilões” quando o assunto é fraude corporativa e representam 21% das artimanhas empresariais, custando aproximadamente US$2 bilhões às empresas americanas todos os anos, segundo pesquisa realizada pela Chrome River.

Nesse sentido, a partir do momento em que as práticas de governança corporativa são capazes de converter, sobretudo, princípios básicos em recomendações objetivas, as empresas chamam a atenção de investidores em potencial, que buscam a participação em uma marca de sucesso, que disponha de valores e transparência. E se não bastasse isso, as chances de sofrer com crises financeiras também minimizam, à medida que os processos são mais fluidos, facilitando a tomada de decisões.

Portanto, compliance e governança corporativa são conceitos complementares e fundamentais, uma vez que os escândalos de corrupção e fraudes financeiras só aumentam. Por isso, aposte em práticas que facilitem a tomada diária de decisões, isto fará o negócio não apenas crescer, como se consolidar no mercado. Afinal, estas práticas além de preservarem e otimizarem o valor econômico da empresa a longo prazo, facilitam o acesso a recursos e contribuem para a qualidade de gestão, longevidade e bem comum. 

Thiago Campaz

CEO e co-fundador do VExpenses. Trabalhou por 6 anos assessorando grandes empresas do agronegócio na otimização de suas estruturas de capital, em processos de estruturação de dívida, acesso a mercado de capitais e fusões. Participou da captação de mais de R$ 1bi em financiamentos.

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