A era dos nômades digitais: confira vantagens e requisitos para adotá-lo como estilo de vida

Tendência que surgiu a partir da expansão da internet e a consolidação do home office, os nômades digitais não possuem um espaço fixo para realizar suas atividades profissionais. Ou seja, eles podem trabalhar em qualquer ambiente, cidade ou país e nos mais diversos lugares, como praias, restaurantes, cafés e pousadas.
Em busca de flexibilidade, os nômades digitais alugam casas, apartamentos ou se hospedam em hotéis e pousadas, afinal, não precisam de muitas coisas: basta uma boa conexão com a internet, um computador e uma área para trabalhar. Realidade para 35 milhões de pessoas em todo o mundo, a expectativa é que este número cresça, chegando à marca de 1 bilhão de pessoas até 2035, segundo Relatório Global de Tendências Migratórias 2022 da Fragomen, uma empresa especializada em serviços de imigração mundial.
Até pouco tempo, esse estilo de vida era restrito aos freelancers. Porém, atualmente, já é uma realidade para diversos tipos de profissionais, incluindo até mesmo os que mantêm vínculo formal com alguma empresa. Tendência mundial, quais são as principais vantagens e requisitos para adotar esse novo estilo de vida?
Bagagem cultural: Uma das principais vantagens é a bagagem cultural, isto é, viajar, conhecer novas culturas, aprender uma nova língua e adquirir experiências internacionais. “Temos visto tanto os ambientes corporativos, como a indústria hoteleira se preparem para este novo formato. Inúmeros coworkings estão sendo projetados, com escritórios e estações individuais para trabalhar, que promovem a troca de ideias e experiências, além dos colivings, uma tendência urbana que vem ganhando adeptos por ser um novo jeito de morar e consiste, basicamente, em moradias compartilhadas”, explica Pamela Paz, CEO do Grupo John Richard, detentor das marcas: John Richard, maior empresa de assinatura de móveis para escritórios do Brasil, e Tuim, primeira empresa de móveis residenciais por assinatura no país
Organização e comprometimento: Embora as facilidades sejam infinitas, os nômades digitais precisam ser organizados e comprometidos com suas respectivas tarefas, além de serem flexíveis com os horários, sobretudo, considerando os fusos.
Mobiliário como serviço: Mudar para outra cidade requer uma série de planejamentos, como definir o local de estadia, locomoção, mudança, alimentação e muitos outros fatores. No caso dos nômades digitais, estas mudanças tendem a ser temporárias, o que torna a compra do mobiliário para a casa completa uma verdadeira dor de cabeça. “Optar pela locação do mobiliário ao invés da compra, é uma coisa a menos para se preocupar no momento de transição, o que além de colaborar com o lado financeiro, pois é possível economizar, também contribui com o meio ambiente. Em um mundo movido por praticidade e compartilhamento, investir em móveis que futuramente serão descartados tornou-se algo obsoleto”, afirma a CEO.
Planejamento financeiro: Estabelecer um planejamento financeiro que considere o custo de vida e a remuneração recebida é essencial para os nômades digitais, uma vez que os gastos das viagens, experiências, alimentação e locação devem ser pensados. “Sempre leve em consideração o custo de vida do local onde vai morar”, conclui Paz.