São Paulo avança na Agenda ESG – Thomas Law, CEO do Ibrawork, fala como a agenda está sendo implementada na capital paulista

Durante o 1º Congresso Internacional de ESG, promovido pelo Ibrawork, convidados falaram sobre tendências de sustentabilidade, governança e desenvolvimento social colocando a cidade de São Paulo como exemplo de transformação

O Primeiro Congresso Internacional de ESG reuniu na sede do Ibrawork, hub de inovação aberta, gestores públicos, empresas, fundadores de startups, membros da academia e sociedade civil para discutir os desafios da agenda ESG na atualidade. Destaque das atividades da manhã, o painel ‘Tendências na implementação de ESG nas cidades – Case SP’ contou com a participação de Thomas Law, presidente do Ibrachina e fundador do hub de inovação Ibrawork, Pinheiro Pedro, secretário Executivo de Mudanças Climáticas da Prefeitura de São Paulo, Leonel Rodrigues, analista de negócios na Parque Tecnológico Itaipu e Paula Packer, head do Environment Embrapa e mediação de Tania Gomes, diretora de inovação do Ibrawork.

A palestra começou com Paula Packer abordando a dificuldade de implementação da agenda ESG na atualidade, ela acredita que trata-se de um trabalho árduo que só deve funcionar no futuro desde que comece a ser estabelecido desde já. “ESG é uma construção que demora, é um olhar de igualdade, de gênero e de inclusão, temos muito a conectar, como cidades, campos e integrar tudo isso, que será o nosso futuro e teremos que caminhar para encontrar essa conexão”, disse Paula Packer, da Embrapa.

Durante o painel, Thomas Law contou um pouco da sua trajetória acadêmica e como surgiu o Ibrachina, instituto sociocultural dedicado a promover a integração entre as culturas e os povos do Brasil e da China. “Durante o meu Doutorado, alguns professores me chamaram para montar um Instituto com a China, sabendo dos meus contatos no país e com o Consulado, e assim formamos um time para discutir contratos internacionais”, relatou. Ao focar nas medidas da agenda ESG, Law deu bastante vasão ao social durante a palestra, citando as ações feitas para enviar oxigênio para Manaus com ajuda da Força Aérea Brasileira a pedido do Marcelo Ramos, deputado Federal do Amazonas. Citou também o programa Mercadão for Startups, que tem o objetivo de encontrar soluções inovadoras e disruptivas, que resolvam os desafios do Mercado Municipal de São Paulo.

Antes de terminar sua participação, Thomas falou sobre o Ibrachina Futebol Clube, um projeto social pioneiro na capital paulista, que promove o desenvolvimento humano e as habilidades esportivas. O objetivo desta parceria é a transformação social e educacional através do futebol nas comunidades atendidas. “O projeto beneficia jovens em situação de vulnerabilidade social e oferece a oportunidade do desenvolvimento pessoal com equipe multidisciplinar. O método que aborda esporte, educação e empreendedorismo já transformou a vida de muitas pessoas e eu acredito que futebol é o fio condutor das smarts cities”.

Pinheiro Pedro, outro convidado do painel, falou sobre o seu trabalho na Secretaria de Mudanças Climáticas no município de São Paulo. “Fui convidado pelo Prefeito Ricardo Nunes para criar a secretaria e nos tornamos a quarta organização para implementação de mudanças climáticas no continente americano, junto com o município de Niterói no Rio de Janeiro, os Estados Unidos e na Argentina, os únicos organismos públicos voltados para Governança Climática”, relatou Pinheiro. Focado na pauta de Governança, o Secretário tratou de contar sobre as medidas para implementar um plano de ação climático com interesse em evitar a emissão de gases do efeito estufa. “São Paulo é uma smart city e precisa ser exemplo para o mundo, queremos servir de inspiração para outras cidades adotarem Comitês e Secretarias que possam respeitar as medidas ESG”, finalizou.

Leonel Rodrigues também esteve no painel e falou sobre sua atuação no Parque Tecnológico Itaipu, um ecossistema de inovação que integra entidades como instituições de ensino, empresas e órgãos governamentais e promove a sinergia e a troca de conhecimentos em prol do desenvolvimento de soluções para a sociedade. O analista comentou que muitas cidades ainda não estão preparadas para implementar as medidas da agenda ESG. “Um exemplo é o case dos patinetes, os municípios não estavam preparados para a tecnologia, que era uma grande solução para a mobilidade, mas os aparelhos que estavam espalhados nos municípios, tiveram que ser recolhidos e retirados de circulação pela falta de preparação e de conhecimento”, contou.

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